Nadir Bellinaso Porat, OCDS (1928-2021)
Comunicamos, com pesar, o falecimento da nossa confrade, Dona Nadir Bellinaso Porat, aos 93 anos, em Curitiba, neste dia 10 de outubro de 2021.
Ela tinha promessas definitivas na OCDS, participando da Comunidade Santa Teresa de Jesus e sendo uma grande benfeitora do Carmelo de Curitiba, onde tinha as monjas como suas filhas.
Que ela descanse em paz e a luz perpétua a ilumine.
O velório foi realizado no dia 11/10, no Cemitério Municipal, bairro São Francisco, em Curitiba. Ela foi sepultada às 16 horas no Cemitério Paroquial de Orleans.
TESTEMUNHO
“É tradição no Carmelo a comunidade escrever uma crônica relatando um pouco da história de vida de um irmão ou irmã quando esse descansa no Senhor, nesse domingo dia 10 de outubro, em plena novena de Nossa Senhora Aparecida e também de nossa Santa Madre Teresa de Jesus, a querida Dona Nadir Porat nos deixou para ter seu doce encontro com o Amado, quero fazer aqui a minha crônica pessoal, desses mais de trinta anos de convivência no Carmelo de Curitiba.
Esposa do também querido e saudoso Seu Luiz Porat, casal que se conheceram no movimento mariano, ela Filha de Maria e ele Congregado Mariano, não tiveram filhos, mas deixou muitos filhos espirituais, sobrinhos e principalmente as irmãs do Carmelo de Curitiba foram sua família. Seu Luiz apesar de muito conhecido por ser dono de Cartório no Fórum de Curitiba era conhecido por Seu Luiz do Carmelo, pois desde os anos setenta se tornaram benfeitores e cuidadores dos interesses do Carmelo, Dona Nadir foi uma “Chef” muito amis que cozinheira, em sua casa sempre teve duas cozinhas, a da família e a dos doces e banquetes, sempre em funcionamento, tanto para o sustento da casa como para a filantropia, fazia banquetes em sua residência para juntar algum recurso para a manutenção do Carmelo e outras obras assistenciais. Ela também criou e mantinha em sua casa um amplo espaço para a Oficina das Senhoras que se reuniam todas as quartas feiras para rezarem, bordarem trocando um dedo de proza e fazer um “recreio teresiano” com várias senhoras, que quando voltavam para suas casas levavam os trabalhos para realizarem durante a semana e devolverem no próximo encontro, esses trabalhos eram vendidos no bazar do Carmelo e em especial no Bazar realizado anualmente no domingo anterior ao dia das mães.
Esses bazares eram esperados por toda a comunidade, aqui em casa meus filhos pequenos curtiam a festa, cada detalhe, cada doce ou guloseima do bazar tão minuciosamente cuidados por dona Nadir tornava os momentos de confraternização dos bazares imemoráveis.
Dona Nadir nitria uma amizade muito grande pelas monjas, amizade que gostava de compartilhar com todos, nos bazares depois de todas as funções distribuídas a sua função principal era cuidar do encaminhamento das pessoas para se encontrarem com as monjas no locutório, ela fazia questão que todos pudessem ter um dedo de prosa e oportunidade de pedir orações, não somente adquirir os lindos trabalhos do bazar.
De origem italiana, severa, mas terna como ninguém, se preocupava com cada amigo. Aqui em casa sempre que alguma crise de doença ou outra qualquer nos atingia, sempre recebíamos as ligações atentas e preocupadas de Dona Nadir, meu filho Gustavo a conhece como a Vovó dos pudim de leite condensado, regalo que era sempre mandava para ele.
No ano de 2000 criamos o Carmelo Secular no Carmelo de Curitiba, Sr. Luiz e Dona Nadir não entraram no início, mas eles foram os primeiros leigos engajados que viviam profundamente o ideal carmelita teresiano aqui no Carmelo de Curitiba, assim em 2006, como presidente da comunidade, eu sugeri ao Conselho incluirmos o casal na nossa comunidade, o Conselho acatou a ideia e o casal aceitou o convite com uma alegria muito grande, receberam o escapulário, fizeram as promessas e nos acompanharam enquanto possível, por um bom tempo nos reunimos em sua residência, numa sala que dona Nadir fazia questão de ter em casa para as oficinas e para as nossas reuniões.
Vá em paz querida dona Nadir, não se esqueça de nós que não iremos nos esquecer da senhora!”
(José Alcides Marton, OCDS, Formador da Comunidade Santa Teresa de Jesus, Curitiba)