Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.

1 de Janeiro, 2020 0 Por OCDS SUL

Maria é o modelo e a Mãe da Ordem a Ela consagrada. Tanta foi a dedicação da Ordem a Maria que com razão se pode defini-la: a Ordem de Maria. No início, os carmelitas eram chamados “ermitãos do Monte Carmelo”. Logo, em 1220, “Ermitãos de Santa Maria do Carmelo”. Depois de irem à Europa, “Irmãos da Ordem da Bem-aventurada Maria do Monte Carmelo”. E, finalmente em 1477, “Irmãos da Beatíssima Mãe de Deus e sempre Virgem Maria do Monte Carmelo”.

Hoje, o título oficial que ela ostenta: “Ordem da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo”. O significado fundamental deste título se resume na expressão da índole mariana do Carmelo. Consta de fato a veneração especial dos Carmelitas por Maria. Todos os nossos autores se mostram intimamente convencidos de que a Ordem do Carmo foi fundada em honra à Santíssima Virgem, sua singular Padroeira, e esta fisionomia era o que mais impressionava antigamente aos estranhos. A devoção profunda a Maria foi o distintivo desde o início da Ordem Carmelita, o qual foi motivo de benevolência por parte dos Papas, Reis e Príncipes que a queriam muito. Muitos entraram para Ordem e continuam entrando por esta especialidade mariana, inclusive santos como São João da Cruz, São Nuno Álvares, etc..

Historicamente falando, o título de Irmãos da Virgem é preciso buscá-lo na antiga capela consagrada a Maria no cume do Monte Carmelo, na qual se reuniam os Ermitãos do Monte. Segundo a tradição, mais antiga da Ordem, a consagração da primeira capela consagrada Maria no cume do Monte Carmelo, no qual se reuniam os ermitãos do Monte. Esta foi a origem do título da Ordem, assim como sua vocação e destino. Segundo a tradição, a mais antiga da Ordem, a consagração dessa primeira capela remonta ao ano 83 da era cristã. O primeiro testemunho se encontra no livro “Instituição dos Primeiros Monges”. (1777)

Há em tudo isto um dado certo: que desde cedo a Ordem expressou sua consagração integral a Mãe de Deus por meio da fórmula da profissão Religiosa. O Carmelita faz seus votos a Deus e a Nossa Senhora, sob o título de Maria do Monte Carmelo, comprometendo-se a viver os conselhos evangélicos em obséquio de Jesus Cristo e de sua Virgem Mãe.

As tradições familiares e a história mariana do Carmelo culminam maravilhosamente mais tarde com a visão de S. Simão Stock quando a Virgem, lhe entregou o escapulário como sinal de irmandade, símbolo e realidade do amor que Maria tem à Ordem. Por meio do Escapulário os Carmelitas difundem entre os cristãos a necessidade de uma união com Maria e com Cristo. A Virgem Maria enche com sua presença a história da Ordem.

Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz reafirmaram e renovaram a piedade mariana do Carmelo. Com efeito, eles propuseram Maria como Mãe Padroeira da Ordem, modelo de oração e abnegação na peregrinação da fé, humilde e sábia acolhida e contemplação da Palavra do Senhor, totalmente dócil às moções do Espírito Santo, mulher forte e fiel no seguimento de Cristo, associada à dor e à alegria do seu mistério pascal.

Na espiritualidade Carmelitana a figura de Maria é apresentada como Mãe e Modelo de perfeição evangélica. No Carmelo existe uma espécie de refrão que diz: “Maria em nós e com Ela Cristo”. De Maria efetivamente esperamos nós, Carmelitas que Ela forme o Cristo em nós . Assim nos ensina a fé e a experiência de nossos antepassados. Por isso, nossa legislação, como nosso viver, estão formados e ambientados por Maria. Não se pode compreender o Carmelo sem a presença viva de Maria.

Ela é a Mãe e Irmã que caminha conosco peregrina nas estradas do mundo, Virgem da esperança, que não permite desânimo. Modelo de nossa vida contemplativa, Ela nos ensina e acolher, a meditar e a conservar a Palavra de Deus em nosso coração. O Carmelita sente a proteção de Maria no sinal do Escapulário. Trazendo o Escapulário manifesta a própria pertença à Virgem.

Ser Carmelita é imitar Maria e tornar presente na Igreja a Mãe de Jesus e nossa. Na organização litúrgica, as comunidades dão particular destaque ao caráter mariano da Ordem. São celebradas com especial realce as solenidades, festas e memórias de Maria. A solenidade da Bem-aventurada Virgem Maria a 16 de julho é a principal entre as festas da Ordem.

Fonte: Carmelo Curitiba